Indústria nuclear busca apoio de filósofos europeus

Por Roberto Lopes

O Centro de Investigação Nuclear de Genebra – que tem orçamento anual de 1 bilhão de dólares – e o Conselho de Pesquisa Nuclear da União Européia, estudam organizar, para o fim de 2011 ou o início de 2012, um simpósio reunindo filósofos e pensadores das áreas de Preservação Ambiental e Bioética, para a discussão de teses que amparem o desenvolvimento da ciência nuclear e seus aplicativos durante a primeira metade do século 21.
O projeto será financiado pela indústria nuclear europeia e americana, e terá como objetivo principal enfrentar a chamada “Iniciativa Australiana”, um grupo de ativistas anti-nucleares de alto nível, que defende o desenvolvimento sustentado em cooperação com a ONG internacional “Amigos da Terra”.
A “Iniciativa Australiana” congrega reputados cientistas como Molly Olson, Mark Diesendorf e Jim Green.
Olson dirige a empresa internacional Eco Futuro – planejadora de estratégias sustentáveis de negócios – e é amigo pessoal do ex-vice-presidente americano Al Gore. Diesendorf, um físico, especializou-se em abordagens interdisciplinares – que incluem diretrizes filosóficas -- para sistemas de energia. Green, Doutor no funcionamento de reatores e especialista na aplicação de radiosótopos está, nesse momento, empenhado em fazer cessar a operação do reator de pesquisa nuclear de Lucas Heights, instalado ao sul de Sydney. Ele também é o elemento de conexão do grupo com a ONG “Amigos da Terra”, que tem representação no Brasil.

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