Por Roberto Lopes
Quantos segredos acerca da 2ª Guerra Mundial restam para ser descobertos?
A 65 anos do fim do conflito, essa pergunta parece cada vez mais difícil de ser respondida. E isso pelo simples fato de que muitos segredos não estão – como se poderia supor -- trancafiados nos cofres dos governos que venceram a luta contra o Eixo. Ou nos arquivos pessoais de sobreviventes. Muitos se encontram simplesmente... enterrados – em locais que não são conhecidos com precisão.
Uma equipe do Padre Patrick Desbois, chefe da Comissão de Relações com o Judaísmo da Conferência dos Bispos Franceses, já totalizou 830 entrevistas com integrantes de comunidades ucranianas, em busca de covas que abrigam os restos mortais de civis mortos pelos milicianos das Einsatsgruppen – as unidades da Polícia alemã que avançavam na esteira das tropas hitleristas que invadiram a União Soviética.
Desbois calcula que ainda haja cerca de 1,2 milhão dessas sepulturas para serem identificadas.
Há segredos enterrados também no subsolo do território theco.
Nos últimos anos da guerra, dezenas de caminhões alemães deixaram o território bombardeado do Reich levando para o então Protetorado da Boêmia e Moravia centenas de milhares de documentos secretos, confidenciais e reservados, que foram acondicionados em caixas e escondidos em túneis subterrâneos.
No fim da guerra, a Inteligência americana estimava que o solo da antiga Thecoeslováquia abrigasse ao menos 50 desses esconderijos. Autoridades thecas admitiram a existência de 20, mas apenas dois puderam ser descobertos e esvaziados.
Uma dessas operações foi levada a cabo em 1946, por uma equipe especial do Exército americano, que penetrou em solo theco sem qualquer autorização, e resgatou as caixas de documentos alemães igualmente sem prestar contas a ninguém. O episódio gerou um incidente diplomático entre Praga e Washington, que os thecos, mais tarde, deixaram de lado.
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