Filósofos e estudantes de Filosofia refletem sobre pleito de outubro

Por Roberto Lopes

A proximidade das eleições gerais de outubro próximo vem intensificando a presença de filósofos e estudantes de Filosofia nas discussões de idéias sobre o significado do novo pleito e as perspectivas que ele descortina para o país.
O programa “Universidade Não Tem Idade”, da Universidade Católica de Pernambuco, deu início, ontem, ao curso “Eleições 2010: análise da conjuntura política”. Entre os assuntos abordados estão o recorte histórico da política brasileira e os cenários eleitorais para este ano.
O público incluía jornalistas e alunos de Jornalismo, Filosofia, Direito, Relações Internacionais e Teologia. O curso discutiu o sentido do binômio “conjuntura política”, segundo os enunciados de Aristóteles, Maquiavel e Santo Agostinho.
Além das questões conceituais, a primeira aula examinou ainda assuntos como transferência de votos, candidaturas exóticas e pesquisas eleitorais.
Promovido pela Unicap em parceria com o Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco,o curso terá prosseguimento nas próximas três quartas-feiras, no horário das 9h às 12h, no auditório do Centro de Teologia e Ciências Humanas, localizado no primeiro andar do bloco B da Católica.
Mês passado, o filósofo José Antônio Moroni, membro do colegiado de gestão do Instituto de Estudos Socioeconomicos (INESC), externou, pelo site da entidade (www.inesc.org.br) – uma ONG sediada em Brasília que atua na fiscalização de políticas públicas –, a opinião de que as candidaturas de Plínio Arruda, pré-candidato do PSOL, e Marina Silva, pré-candidata do PV, poderiam trazer novos elementos para o debate político. Contudo, ele ainda enxerga a tese com cautela: “para que isto ocorresse, deveria haver um forte movimento da sociedade, o que não está posto até o momento”, arrematou o filósofo.
Moroni observa que as candidaturas de Dilma e Serra não possuem grandes diferenças do ponto de vista programático, e só admite que tais distinções ficam mais claras sob o ângulo político. “Plínio Arruda, provavelmente, fará uma crítica ao modelo que temos. Marina também, mas com alguns limites porque não quer se apresentar unicamente como uma candidatura ‘ecologicamente correta’. Já Dilma e Serra acredito que virão com um discurso de quem é o melhor ‘gerente’ para o Brasil”.

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