Ciência reescreve o fim de Napoleão

Por Roberto Lopes

Métodos patológicos inovadores e estudos avançados no âmbito da Medicina Legal ameaçam produzir a revisão de uma série de conhecimentos adquiridos pelo homem ao longo da História.
Investigadores americanos, suíços e canadenses acabam de reescrever, por exemplo, a explicação para a morte do Imperador Napoleão Bonaparte, ocorrida em maio de 1821.
Em 1938, cientistas franceses anunciaram que o pai de Napoleão, Carlo Bonaparte – um burocrata da Corte de Luis 16 --, morrera de câncer no estômago, e que essa era, provavelmente, a causa mortis do general que governou a França entre o fim do século 18 e o início do século 19.
Em 1961, contudo, a identificação de vestígios de arsênico nos cabelos de Napoleão levantaram uma nova hipótese: a de seu falecimento após um processo de envenamento progressivo por esse conservante de madeiras e de couros que é extremamente tóxico.
A nova explicação retoma o raciocínio da enfermidade adquirida por hereditariedade. Napoleão teria sido vítima de uma infecção bacteriana que lhe acarretou diversas úlceras no estômago. Mais tarde a doença teria degenerado num caso grave de câncer gástrico.
Segundo o estudo recente, a causa imediata da morte pode ter sido uma hemorragia gastrointestinal – intercorrência que, mesmo hoje, dificilmente seria controlada.

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