Por Roberto Lopes
A investigação das profundezas dos oceanos terá um novo e extenso capítulo a partir de outubro do ano que vem, quando uma comissão internacional de cientistas apresentará, em Londres, 17.675 novas espécies de organismos vivos, descobertos e identificados em profundidades que variam entre os 200 e os 5 mil metros.
Somente nos primeiros mil metros abaixo da superfície foram catalogadas 5.722 espécies. Como a partir desse ponto já não acontece mais a fontossíntese – processamento da energia solar pelas plantas --, os cientistas concluíram que os demais organismos sobrevivem à base de uma dieta bacteriana, proveniente da decomposição do óleo cru (petróleo) existente no subsolo dos oceanos, e das ossadas de baleias.
A maior parte desses seres vivos medem uns poucos milímetros, e vários chamam a atenção por seu formato – há um que parece uma estrela do mar com um enorme olho em sua área central, e outro que se assemelha a um diminuto pepino.
Uma equipe multidisciplinar formada por 344 cientistas de 34 países trabalhou na catalogação das espécies. O empenho deles deve virar um livro, que irá descrever os desafios da vasta tarefa de identificação, e a eficiência dos recursos tecnológicos – câmeras submarinas, robôs, sondas navais e sonares -- empregados na tarefa.
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