É inevitável não falar, depois de tanta divulgação e do desfecho trágico, do caso Eloá. Com 15 anos, Eloá Cristina Pimentel da Silva se envolveu com o rapaz, de 22 anos, Lindemberg Fernandes Alves, namorou, separou e a história toda acabou – depois de cinco dias de seqüestro - com a morte da moça e a amiga ferida no rosto.
Como na maioria dos casos, a imprensa faz questão de falar com amigos e parentes para comentar a personalidade pacífica do criminoso. “Era um bom filho, um colega bem-humorado, trabalhador”, sempre há alguma consideração desse tipo. Mas será que era mesmo? Como uma pessoa normal pode, da noite para o dia, fazer refém a namorada que tanto ama? Matar com dois tiros: um na cabeça e outro na virilha, ambos à queima-roupa. Ele não teve medo, nem arrependimento. Lindemberg sabia bem o que estava fazendo e não queria que a namorada fosse de mais ninguém. Verdade ou exagero nessas afirmações?
De que maneira pai, mãe e sociedade podem se precaver de situações assim? Quais são os indicadores de um comportamento anormal? É difícil entender como uma pessoa normal mata, de repente, alguém próximo, de um jeito tão frio e cruel. Será que todo ser humano só reconhece a si próprio em situações limites? A reação em um ato inesperado, de uma pessoa normal, pode ser de qualquer ordem? Não gosto do meu chefe, e mato. Não quero mais minha enteada e jogo pela janela. Não quero mais meus pais e, junto com meu namorado, mato os dois ainda na cama. Será que as coisas funcionam assim na cabeça do bicho-homem?
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Há 13 anos
1 comentários:
Na minha opnião, esse conceito de normal não existe. É uma questão relativa. Uma pessoa por ser agressiva não quer dizer que seja anormal. Eu particularmente achei horrível o que Lindemberg fez mas não inesperado e difícil de acontecer. Há pessoas que não aceitam um não, são orgulhosas, egocêntricas a ponto de fazer isso. Acho algo previsível.
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