* Por Gláucia Viola
Sinta o bombardeio. Vem de todos os lados: televisão, rádio, blogs, sites de relacionamento ou pelo vidro da janela; as campanhas eleitorais nos rodeiam por meses, tentando ganhar nosso voto. É sempre assim, tanto no pleito federal, estadual ou municipal. Bandeirolas, santinhos, adesivos, calendários, canetas e lixas de unhas personalizadas tomam conta do cenário. Nesta amostra de estratégia de divulgação, nos deparamos com o aquecimento da indústria “marketeira”, publicitária, gráfica, de celulose, e do trabalho temporário maçante em oposição ao “esfriamento” da campanha Cidade Limpa e da consciência ambiental (mas esta questão será retomada, com certeza, em alguma proposta utópica de um candidato de oratória veemente). Outro tópico que chama a atenção nesta guerra, é o tiroteio de acusações, insinuações e ofensas entre os candidatos. O debate entre eles pode ser comparado a um ringue de luta livre (ou para os mais sarcásticos, um programa humorístico). Não há apresentação pragmática de projetos ou propostas para as melhorias das cidades, estados ou do País. O cidadão é um mero coadjuvante, que entra como palavra bonita no discurso ensaiado e sem contexto.
Nas últimas eleições municipais, o circo foi armado para um verdadeiro show de brincadeiras. Os mágicos mostravam como é possível resolver todos os problemas, com pouca verba, sem estudo de um projeto ou planejamento sério e sem prejudicar o eleitor. Que trabalheira para treinar a eloqüência, a dicção e a postura. Talvez fosse mais fácil tirar o coelho da cartola. Ufa! Os comediantes nos divertiam com discursos similares ao do “rouba, mas faz”, tão antigos como as piadas de papagaios ou portugueses, mas que nunca perdem seu charme e irreverência. E os palhaços eram, claro, a grande atração com suas propagandas bizarras que vão desde cartazes com fotos de candidato com chapéu de chifre ou candidata de biquíni, aos nomes mais estranhos, como Tomaz da Desentupidora Rola Bosta (candidato a vereador de BH pelo PHS), Cornelson (o do chapéu de chifre - Partido Progressista) ou ainda o Bin Laden do PFL. Sem falar dos brasileiríssimos “Josés”: Zé da Cobra (PTN–SP), Zé Bonitinho (PT–SP), Zé do Sabão (PSDB-SE), Zé do Caixão [e não é aquele] (PTB-RJ), Zé da Farmácia (PMDB-SC). Aliás, a candidatura é uma boa forma de divulgar seu pequeno negócio. Temos mais diversos exemplos de registros de nomes de urna como Gil da Ultra-Som (PSC–SP), Ana da Imobiliária Trevo (PRP–SP) ou Wander da Lig Moto (PV–SP). Não podemos esquecer também dos artistas, sanfoneiros e estilistas que buscam o pé de meia e a garantia da gorda aposentadoria na câmara. Lembramos, então, do chavão: “é rir para não chorar”.
Mas as cortinas ainda não se fecharam. Temos o gran finale no 2º turno, dia 26 de outubro, para eleger prefeitos de 11 cidades. Espero que para nós, eleitores, seja o começo de mudanças significativas.
Nas últimas eleições municipais, o circo foi armado para um verdadeiro show de brincadeiras. Os mágicos mostravam como é possível resolver todos os problemas, com pouca verba, sem estudo de um projeto ou planejamento sério e sem prejudicar o eleitor. Que trabalheira para treinar a eloqüência, a dicção e a postura. Talvez fosse mais fácil tirar o coelho da cartola. Ufa! Os comediantes nos divertiam com discursos similares ao do “rouba, mas faz”, tão antigos como as piadas de papagaios ou portugueses, mas que nunca perdem seu charme e irreverência. E os palhaços eram, claro, a grande atração com suas propagandas bizarras que vão desde cartazes com fotos de candidato com chapéu de chifre ou candidata de biquíni, aos nomes mais estranhos, como Tomaz da Desentupidora Rola Bosta (candidato a vereador de BH pelo PHS), Cornelson (o do chapéu de chifre - Partido Progressista) ou ainda o Bin Laden do PFL. Sem falar dos brasileiríssimos “Josés”: Zé da Cobra (PTN–SP), Zé Bonitinho (PT–SP), Zé do Sabão (PSDB-SE), Zé do Caixão [e não é aquele] (PTB-RJ), Zé da Farmácia (PMDB-SC). Aliás, a candidatura é uma boa forma de divulgar seu pequeno negócio. Temos mais diversos exemplos de registros de nomes de urna como Gil da Ultra-Som (PSC–SP), Ana da Imobiliária Trevo (PRP–SP) ou Wander da Lig Moto (PV–SP). Não podemos esquecer também dos artistas, sanfoneiros e estilistas que buscam o pé de meia e a garantia da gorda aposentadoria na câmara. Lembramos, então, do chavão: “é rir para não chorar”.
Mas as cortinas ainda não se fecharam. Temos o gran finale no 2º turno, dia 26 de outubro, para eleger prefeitos de 11 cidades. Espero que para nós, eleitores, seja o começo de mudanças significativas.
* Gláucia Viola é Editora da
Revista Sociologia Ciência & Vida
(Nas bancas Edição 19 – Brasil de todos os santos)


2 comentários:
é por isso que eu voto no nulo!
Atualmente existem circos com várias atrações,mas igual a este nem os animais gostariam de presenciar..."DERRUBEM AS LONAS" pois é pura vergonha!!!
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