“Pravda on line” ainda vive das críticas ao Stalinismo

Por Roberto Lopes

Onze anos após ter entrado no ar, o “Pravda RU”, versão do velho jornal soviético “Pravda” na web, ainda vive de críticas ao Stalinismo.
Sua capa de hoje lembra as deportações para a Sibéria de técnicos da indústria de armamento, feitas pelo regime Stalinista, a atividade dos que se especializaram em escavar velhas sepulturas de soldados mortos na 2ª Guerra Mundial – para tentar encontrar objetos de valor --, e o casamento de Anastásia Virganskaya, de 23 anos, neta mais jovem do ex-Presidente russo Mikhail Gorbatchev, com o empresário do mundo do entretenimento, Dmitri Zangiev – um ano mais novo que a moça --, ligado a grifes ocidentais.
Nesta quarta-feira, 5 de maio, vão se completar 98 anos desde que o velho diário “Pravda” – “Verdade” –, inicialmente lançado em Viena, passou à condição de porta-voz oficial dos bolcheviques. Josef Stalin e Viatcheslav Molotov – mais tarde Comissário do Povo para as Relações Exteriores – trabalharam no conselho administrativo do jornal durante a 1ª Grande Guerra.
O “Pravda” apareceu para a comunidade internacional como porta-voz do comunismo soviético em 1918. Em meados da década de 1950, também Nikita Khruschov, sucessor de Stalin, se interessou por controlar pessoalmente o conteúdo editorial do “Pravda”.
Depois que em 1991 o então presidente Boris Ieltsin mandou fechar o jornal, seu corpo de funcionários tentou por diversas vezes retomar suas atividades normais, sem sucesso. O grupo só conseguiu dar novo impulso à marca em 27 de janeiro de 1999, com a versão online, que tem edições em inglês e é definida como de linha nacionalista – mas de pouca (ou nenhuma) influência na opinião pública da Rússia.

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