Por Roberto Lopes
O navio oceanográfico americano “Knorr” começa neste domingo, 21 de fevereiro, um período de 20 dias de pesquisas em águas do litoral norte do Brasil, para a coleta de dados que permitam a reconstituição de um registro fóssil da Bacia Amazônica.
O “Knorr” chega ao país depois que um grupo de pesquisadores elaborou uma teoria ousada: a que levanta a possibilidade de o Rio Amazonas ter, no passado, corrido em direção ao Oceano Pacífico. Isso teria acontecido há mais de 23 milhões de anos.
Na época, alterações geológicas de grandes dimensões formaram o chamado “arco do Purus”, dividindo a bacia Amazônica em dois grandes lagos: o do Solimões e o do Amazonas. Essa gigantesca modificação teria feito o rio começar a correr para o outro lado, em direção ao Atlântico.
Segundo estudiosos da Universidade do Pará, a Amazônia moderna, que conhecemos, só existe há cinco milhões de anos. Até hoje foram encontradas 110 espécies de primatas na região Amazônica. O mais antigo fóssil de um primata sul americano foi identificado na Bolívia, e tem 26 milhões de anos.
O “Knorr” pertence à Marinha dos Estados Unidos, mas vem sendo operado pelo Instituto Oceanográfico Woods. Tem 85 metros de comprimento, desloca 2.518 toneladas e leva 22 tripulantes. Dispõe ainda de acomodações para 62 pesquisadores. Seu feito mais conhecido foi a localização, em 1985, dos restos do transatlântico Titanic, que naufragou no início do século 20 no Atlântico Norte.
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