Piazze de velhos alegres

Idoso: “pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”. O número de idosos é crescente em vários países do mundo. O jornal Cox Newspaper, publicou recentemente a estatística de uma cidadezinha na Itália: Piazze, com 800 habitantes, tem criado mais imóveis residenciais de baixo custo na esperança de atrair famílias jovens de imigrantes. Com a população mais velha da Europa, a Itália tem 20% das pessoas com 65 anos ou mais, e a Alemanha vem logo atrás. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 12% da população tem 65 anos ou mais e, nos próximos 20 anos, deve crescer para 20%. Estima-se que o número de habitantes com 85 anos ou mais deve triplicar até 2050, para 19 milhões.
No Brasil o quadro também não é muito diferente. Segundo o Portal do Envelhecimento, a estatística já ultrapassa 10% da população total. O número de idosos registrados no Brasil, entre 1940 e 2006, cresceu cerca de 11 vezes, passando de 1,7 milhão para 18,5 milhões. A estimativa é de que, em 2050, um em cada três brasileiros seja idoso. É um dado social e econômico importante.
Parece que os habitantes da tranqüila cidade da Toscana, Piazze, sabem aproveitar o tempo. Apelidados de “brigadas de bengala” pelos moradores, esquadrões de homens e mulheres grisalhos se encontram rotineiramente para conversar na rua principal, não só aos sábados à noite. Isso deve ser um agito só!
No meio de tanta estatística, o segredo ainda está no saber envelhecer. Disso fala a matéria Corpo, tempo e envelhecimento, na edição 33. “O envelhecer ganha novos parâmetros e possibilidades, embora a dificuldade em compreender e abrir espaço para a velhice, a exemplo do que já se apresentou na Psicanálise, continue vigente na sociedade.”




* Cristina Livramento é editora da Psique.

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