À deriva*

A Economia brasileira vinha navegando de vento em popa desde o Plano Real, embora tenha enfrentado algumas turbulências nessa trajetória, nomeadas de mensalão, CPIs e até atentados terroristas fora de nossas fronteiras. Mas, Apesar de tudo, se mantinha a todo vapor. A ver pelos discursos, sempre otimistas, de nosso presidente Luís Inácio e do presidente deles, George.

A bolsa de valores, antes tida como um “bicho de sete cabeças”, vinha conquistando investidores da classe média, até então fiéis às clássicas cadernetas de poupança. E crescia, aquecida pela economia forte e pelos aplicadores recém-chegados sedentos de novos desafios e rendimentos mais lucrativos.

De repente, veio a tempestade, às vésperas das eleições norte-americanas. Bush foi, finalmente, em rede mundial, falar sobre a crise. Parafraseando Raul Seixas, a terra parou! Capas de revistas e jornais estampam à todo momento o colapso iminente.

Em meio ao mar revolto e as incertezas desta crise, tomo como destaque o novo comportamento sócio-econômico do brasileiro, que passou a acreditar no rendimento potencializado por meio do investimento de risco e pergunto: Será que a tendência é voltar às aplicações tradicionais?



* Gláucia Viola é editora da revista Sociologia Ciência & Vida

1 comentários:

Andy Rocka disse...

Eu ainda prefiro o colchão de casa, e vc?