Mistério do Kursk completa dez anos

Por Roberto Lopes

O Governo russo autorizou sua Marinha de Guerra a lembrar com discreção, hoje, os dez anos do naufrágio do submarino “Kursk”, que ocorreu no Mar de Barents, Norte da Europa.
O acidente provocou a morte de 118 oficiais e subalternos, e parte dos parentes das vítimas aceitaram um convite oficial para participar das solenidades que recordarão os tripulantes.
Uma explosão na proa (parte dianteira) do submarino foi a causa da tragédia. Mas tudo o que se comenta além disso carece de confirmação oficial.
As hipóteses vão da combustão imprevista de um reservatório de combustível líquido existente a bordo, até a detonação incorreta de um novo tipo de míssil supersônico que o barco transportava.
Depois que ocorreu a explosão, 23 sobreviventes se refugiaram em um compartimento do submersível, onde aguardaram por cerca de dois dias, inutilmente, o socorro. Moscou só autorizou sua Marinha a buscar a ajuda de especialistas noruegueses e britânicos em salvamentos submarinos, quatro dias depois de constatada a catástrofe.
Quando os homens-rãs especializados chegaram ao local do sinistro, alcançar o submarino a bordo de sinos de mergulho foi até bastante rápido.
O “Kursk” era um navio novo, construído em 1994. Tinha o comprimento de dois quarteirões e a altura de um edifício de quatro andares.
Agosto faz jus à fama de mês aziago.
A 22 de agosto de 2003, a ignição espontânea dos cilindros de combustível líquido de um foguete da Aeronáutica, que se encontrava na rampa de lançamento da Base Espacial de Alcântara, no Maranhão, causou a morte de 21 cientistas e técnicos brasileiros. O combustível líquido é muito mais potente, mas também muito mais instável.
Mês passado, um militar da Força Aérea Boliviana disparou acidentalmente um foguete que se encontrava sob as asas de um velho caça americano pertencente à Bolívia. O jato estava estacionado na pista da Base Aérea da cidade de El Alto, vizinha à capital La Paz.
O foguete, que estava sem a sua “cabeça de guerra” (carga explosiva), passou voando a apenas alguns metros de distância do novo jato presidencial boliviano – um Falcon de 39 milhões de dólares – e penetrou uma casa nas vizinhanças da base, sem ferir ninguém.

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