Chavismo faz congresso de história para difundir... o Chavismo!

Roberto Lopes

Terminou nesta quarta-feira, na cidade de Maracaibo – a segunda maior da Venezuela -, o II Congresso Internacional de História Imediata.
Promovido por duas universidades locais – com o apoio explícito do governo de Caracas -, o evento foi apresentado pelo historiador Juan Monzangt como uma oportunidade de aprofundamento do “debate sobre História Imediata” – supostamente um novo e importante campo de atuação para o historiador.
Mas em seus três dias de funcionamento o encontro se ocupou de repetidas análises elogiosas às recentes transformações políticas na Venezuela, Bolívia e Equador, bem como de apreciações críticas ao neoliberalismo e à influência dos Estados Unidos na América Latina.
Os debates foram distribuídos por duas Mesas de Trabalho. A de número 1 - intitulada “”Historia Inmediata: el nuevo território del historiador” -, examinou, entre outros temas, “La Historia Inmediata como tendencia historiográfica y el proceso político venezolano: 1999-2009” – precisamente o período de governo do Presidente Hugo Chávez.
A Mesa Nº 2 – “América Latina, 1983-2009: de la Crisis de la Deuda a la ‘Nueva Izquierda Latinoamericana’ ” incluiu apresentações como “El nuevo separatismo em el siglo XXI: Bolívia, Ecuador y Venezuela”. Houve espaço, contudo, para uma breve divulgação das conquistas governamentais da era Lula, no painel denominado “Papel de Brasil en Suramerica”.
O Congresso foi preparado com a colaboração de apenas três acadêmicos não-venezuelanos – do Brasil, Argentina e Equador. O representante do Brasil no comitê organizador foi o professor Jorge Nóvoa, da Universidade Federal da Bahia.

0 comentários: